domingo, 20 de dezembro de 2015
"Tudo o que tiver de ser será!"
A vida segue, apesar dos segredos de família, as coisas continuam, sobe o preço do pão e do leite, a nova juventude compõe seus poemas, a espera de novas cores e outras possibilidades,
As estações de trem assistem chegadas e partidas, sem se deter nas bagagens que se amontam sobre os trilhos, nem nos corações partidos. Tantos morrem, outros ensaiam um sopro de vida sem saber o que vem pela frente. Chove, faz sol, nesse espaço em que os sonhos tomam forma, sem se tornar realidade, algumas vezes, nem ao certo, são compreendidos.
Vez por outra alguém vai insistir e escrever um poema, algum economista vai conjecturar sobre a alta do dólar no noticiário tendencioso da TV, fashionistas vão ditar a nova moda, professores vão tentar uma nova greve, alguém haverá de perder um grande amor, que será, para outro alguém, um GRANDE amor, mas, ainda assim, a vida seguirá, poeticamente dura, nem sempre justa, mas, pasmem! Poucos são os que querem abrir mão dela.
Pensando nessas coisas, resolvi adotar para 2016 a filosofia de vida da Xuxa Meneghel:
“Tudo o que tiver de ser será!” Tenho a esperança de que seja um ano melhor, não que eu espere dançar o Ylariê, freneticamente, não, não tenho tantas pretensões assim, mas, pelo menos, que o que estiver por vir, não tire a PAZ do meu coração! Considero um desejo justo,
E que assim seja!
Waleska Dacal
20.12.2015
“ ...Tudo pode ser, só basta acreditar, tudo o que tiver de ser, será!!!”
(Xuxa)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Rascunho
Vai passar,
Com o tempo você vai perceber que isso também passa,
O que ainda não posso dizer é sobre tudo que o tempo vai
levar
Na exata medida em que estiver passando.
O que restará de sonhos, o que permanecerá intacto, qual pedra
do anel,
Que não era de vidro, vai restar brilhando inteira.
Também não posso arriscar a dizer nada sobre as verdades,
Sabemos que muitas delas foram silenciadas no momento
errado,
dando espaço ao egoísmo e tantas mentiras.
Nem quero dizer sobre o quanto doeu, a ferida que abriu,
E que ensaia,
lentamente, ir fechando, tatuando uma cicatriz no lugar do encanto,
Do carinho puro e tão sincero, no rascunho inesperado da
minha poesia,
Que foi minando tudo aqui por dentro...
Mas, ainda assim, o tempo vai passar arrastando tudo,
Soprando a poeira,
enferrujando o nosso sorriso,
ofuscando o brilho dos nossos olhos,
afrouxando os abraços,
separando os caminhos, reforçando os desencontros,
até percebermos , quem sabe, que não sobrou nada,
absolutamente, nada!
...E que seja assim!
Waleska Dacal Reis
09.12.2015
*Imagem: Menina Escrevendo de Henriette Browne, óleo sobre tela
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