domingo, 30 de setembro de 2007


Encharcada de gin...



Nunca mais sua voz rouca
rasgando a madrugada,
a repetir ao telefone que me ama,
encharcada de gin...
eu já lavei a alma,
me despi do luto,
mas vou lhe confessar:
se o telefone toca,
o que será de mim?
que Deus não permita,
que nessa madrugada
eu também esteja encharcada de gin...

Ai de mim!

W.D.R

(...)"Bebia por que queria afogar minhas mágoas, mas as malvadas aprenderam a nadar!"

(Frida Kahlo)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

ORGASMO LITERÁRIO

Fruta madura
fora do meu alcance,
água na minha boca,
mas, minhas mãos estão atadas,
percorro o céu com meus olhos,
desenho a boca com a língua,
contorno o umbigo com um beijo
o bico do peito,
e o outro peito,
afasto os pêlos com os dedos,
sugo o que vejo
e o que não vejo,
o pouco que sei,
do muito que sinto
perdida num orgasmo literário.
(WDR)
"DEIXA QUE MINHA MÃO ERRANTE ADENTRE, EM CIMA, EMBAIXO, ENTRE!"

terça-feira, 25 de setembro de 2007

o porquê...

(...)
Nem sempre
passar verniz
tira o arranhado!
E eu não gosto de brilho!

W.D.R

Carai!!!!

Agora

Não vou sair,
pra não ter que depois entrar.
Não, não vou dizer nada.
Porque o silêncio fecunda em si os mais sábios pensamentos.
Perdeste o tempo de sorrir,
aquele segundo e meio a que tudo influenciaria.
Não precisa me dizer nada,
não, não diga nada,
eu já entendi.
Folheio em mim,
em minhas linhas não escritas,
páginas em branco:
vejo, sua partida deixou um vago tão significativo
que é como se tudo ao redor
traumatizado, cauterizado
nem mais nada sentisse.
Percorro o que sobrou
do que não foi dito,
rejunto as pontas do pano
e faço uma trouxa
essa, abandono no quarto vazio pintado de branco
(a cama, os móveis, também levaste?
E por que deixaste intactas minhas lembranças?
Por que ainda sinto teu cabelo molhado roçando meu rosto?)

Apague as luzes.
Já estou só,
ficar no escuro me é indiferente agora.

(Alysson Santos)




Escatologias no MSN...

Eu e Alysson, mais do mesmo!!!!
(...)

Waleska diz: e a "Lady Laura"?

Waleska diz: tá com aquele 'véio' naftalina?
Alysson diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Alysson diz: peidão!
Waleska diz: eca!!!
Waleska diz: ele peida é?
Alysson diz: peido de abóbora!
Alysson diz:kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Waleska diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Alysson diz: eu só ouví de longe...
Waleska diz:tu já tá tão íntimo assim?
Alysson diz: oxe...
Waleska diz: peido agridoce
Alysson diz: ele passa pela sala, pro banheiro
Alysson diz: quando vai abrindo a porta do banheiro já vai peidando
Waleska diz: peido é o fim!
Alysson diz: meu quarto é vizinho do banheiro...
Waleska diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Alysson diz: ouço todo mundo mijando
Alysson diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Waleska diz: creio não!
Alysson diz: mas tá....
Waleska diz: Que ROMÂNTICO!!!
Waleska diz: DEU ATÉ VONTADE DE PEIDAR!
Alysson diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Alysson diz: Waleska(...)

Waleska diz: OH, ALYSSON COMO É PEIDO DE ABÓBORA???
Alysson diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Alysson diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Alysson diz: bota no blog essa Porra!!!!!
Alysson diz: mude os personagens
Waleska diz:VOU BOTAR!
Alysson diz: mas conserve a gente!
Alysson diz: Sua pergunta foi tuuuudo!
Alysson diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Waleska diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Waleska diz: EITA CONVERSA ESCATOLÓGICA
Waleska diz: EU PRECISO ESTUDAR POOOORRA!!!!!
Alysson diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, vá, vá estudar!
Waleska diz: CHOREI DE RIR!

(...)

Lá se iam duas e tanta da madrugada!

domingo, 23 de setembro de 2007

VERBOS

Eu?
(...)
Voltei, à força das circunstâncias, a reafirmar meu gosto pelos VERBOS,
QUERER, NÃO QUERER, que diferença faz?
AMAR, NÃO AMAR, agora pouco importa!
Meu verbo nunca pediu complemento mesmo,
minha gramática está sendo reescrita em outra língua!
CALAR, NÃO CALAR!Perda de tempo,
verbo bom mesmo é o imperativo:ESQUEÇA!
Gastei tanto o meu Latim, que sequei minha saliva
e dia após dia, a certeza que eu tenho,
é que preciso revisar URGENTEMENTE o predicativo do sujeito!

(...) e olhem, eu juro que não estou estudando pra concurso!


W.D.R.


P.S.: "EU PERTENÇO À RAÇA DA PEDRA DURA!"(João Bosco).

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Saramago...

POEMA À BOCA FECHADA
José Saramago
Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.
Só direi, Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.
(In OS POEMAS POSSÍVEIS,
Editorial CAMINHO, Lisboa, 1981. 3ª edição)

sábado, 8 de setembro de 2007

(...)

No meu silêncio a voz que canta é o Djavan,
No meu sentir fico, vez por outra, relembrando coisas que me vêm a mente e quando o pensar é muito profundo sempre tem alguma coisa que permeia as minhas idéias através do sentimento que ele faz virar poesia:

"Ontem, eu fiquei horas esquecidas assistindo ao trabalho das formigas, indiferentes a tudo, na sua meta de construir. E aprendi o quanto é importante fazer... Fazer sempre e de tudo para alcançar os galhos mais altos da árvore da vida e melhor se alimentar do fruto ali quase esquecido: a paz. Oh Deus ! Torna-me indiferente a tudo que não seja construir com o meu trabalho um mundo novo, onde só pessoas, bichos e coisas existam porque amam e entendem o amor como único sentido da vida."

(do álbum Lilás).
Ficou-me o eco dessas palavras que posto hoje aqui, numa súplica universal por paz de espírito.

(...)e observem que, hoje, eu quase consigo rir!

WDR

Falar mais o quê? ôxe!!!!

Quando a gente conversa
Contando casos besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo (que medo...)
Eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que te amo, tanto!
E até o tempo passa arrastado
Só para eu ficar ao teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre, e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo (que amigo!)
Que eu preciso dizer que te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Que eu preciso dizer que eu te amo, tanto!

Cazuza.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Ato de contrição 2...Esconjuro!

"E é por isso que eu digo:
(...)Que nunca falte,
Senhor, na minha geladeira,
garrafas e mais garrafas
de smirnoff ice!"

Por hoje, eu tinha que postar essa oração de poder recitada pausadamente pela minha amiga Lizianne, num momento de companheirismo, e comiseração...

amém!

"tudo cruel, tão sem beleza, um doce de sal, lágrima presa"...
(Luiz Melodia-Cruel)
Vai passar, coração,
fica em silêncio,
que essa dor,
que estou sentindo,
também passa,
seja breve no bater descompassado,
se encha de graça,
se encha de graça!
Vai doer, coração,
deixa que doa,
que essa dor,
acredite, um dia,
passa,
seja firme nesse silêncio
demasiado,
se encha de graça!
se encha de graça!
Que eu lhe garanto,
que vai chegar o dia,
em que, por tão grande alegria,
outra vez vou te ouvir descompassado!
por enquanto, aguenta só mais um pouquinho,
chore um pouco só,
e, bem baixinho...
mas, por favor, coração, fique calado!

W.D.R

"Quando o amor vos chamar, segui-o
(...)e quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim".

(Kahlil Gilbran)
" o amor (...) tudo suporta, tudo crê,
tudo espera, tudo sofre!"
(1ª epístola da Paulo aos Corintos.)

"Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
e quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica. E da mesma forma que ele contribui para vosso crescimento, trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que ele sobe à vossa altura e acarícia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol, assim também desce até vossas raízes e as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor a vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma no pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas, o amor operará em vós para que conhecais os segredos de vossos corações e, com esse conhecimento, vos convertais no pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor, procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez e abandonásseis a eira do amor,
Para entrar no mundo sem estações, onde rireis, mas não todos os vossos risos, e chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio e nada recebe senão de si próprio.
O amor não possui e não se deixa possuir.
Pois o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga: "Deus está no meu coração", mas que diga antes: "Eu estou no coração de Deus".
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor, pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo, senão o de atingir a sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos, sejam estes vossos desejos:
"De vos diluirdes no amor e serdes como um riacho que canta sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada;
De ficardes feridos por vossa própria compreensão do amor;
E de sangrardes de boa vontade e com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado e agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia e meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para a casa à noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado, e nos lábios uma canção de bem-aventurança."

(Kalil Gilbran)
Fragmentos... ao telefone...OlindaPernambucoNordesteBrasilmundo!

João: Você não quer me ver não, né?Não tá com saudade de mim não!Desde o carnaval do ano passado que a gente não se vê!

Alysson: João, drama, por favor, não, viu? Que eu já tô aqui tomando chá que é pra esquecer a Vodka que tá na geladeira...


Minutos depois...toca o meu telefone...OlindaPernambucoNordesteBrasilMundo!MaceióAlagoasNordesteBrasilMundo!

Alysson: Waleska, falei com o João ainda há pouco, para marcarmos pra fazer alguma coisa...
Waleska: Ah, O João tá ai?
Alysson: Tá aqui na casa de uns amigos...bebendo sozinho...
Waleska: Bebendo sozinho!?!?!?
Alysson: sim, Waleska...eu mesmo bebo tanto sozinho!
Waleska: Ah, Alysson, eu também, mas já lhe falei, né, que o João é minha versão masculina?
Eu amo muito todos vocês, nossas doidices se parecem e tudo, mas o João é a minha versão Masculina mesmo, a maneira de pensar, as chatices, são iguais...
(...)
Ontem mesmo eu tava aqui bebendo sozinha...
Alysson: Waleska, nós somos muito trash, da podreira...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
Waleska:(rs) pois é, Alysson, somos !Fazer o quê, né?

(...)
(...)SINTO MUITO, MEU AMOR,
JÁ ANDO AZEDA DEMAIS,
NÃO ME VENHA OFERECER
L I M O - N A D A!

WDR

(...)"Eu quero lutar, mas não com essa farda!"
(Ira-Núcleo Base)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007


Te vi juntabas margaritas del mantel
ya sé que te traté bastante mal
no sé si eras un ángel o un rubí
o simplemente te vi
te vi
saliste entre la gente a saludar
los astros se rieron otra vez
la llave de Mandala se quebró
o simplemente te vi
todo lo que diga está de más
las luces siempre encienden en el alma
y cuando me pierdo en la ciudad
vos ya sabes comprender
es solo un rato no más
tendría que llorar o salir a matar
te vi, te vi, te vi
yo no buscaba a nadie y te vi
te vi
fumabas unos chinos en Madrid
hay cosas que te ayudan a vivir
no hacías otra cosa que escribir
y yo simplemente te vi
me fui
me voy de vez en cuando a algún lugar
ya sé, no te hace gracia este país
tenías un vestido y un amor
y yo simplemente te vi.
(Fito Páez - Un vestido y un amor)