quarta-feira, 30 de maio de 2007

TOQUE DE RECOLHER

UM BRINDE À ATUALIDADE DAS COISAS ESTANQUES...

Fiquei esperando e cansei tanto que perdi a esperança,
optei pelo movimento contínuo das idéias jovens que restavam em minha memória. É que depois de você tudo ficou tão velho, meu melhor vestido, meu melhor desejo, você não viu, não quis saber. Porque acontece, de repente, de não estarmos no caminho dos encontros, ainda que, algumas vezes, insista essa sensação prolongada de termos nos esbarrado de frente, batendo muito mais que nossos ombros.
E ficou, depois dessa história, uma lembrança de alguma coisa lida, sei lá, mas parece-me que, daqui pra frente, todas as histórias serão como capítulos de um velho livro, que, por hoje, já cansei de ler, e decorei até certas passagens, como essa que diz que você era o personagem principal do meu longa metragem, mas não quis chegar a tempo de participar nem como figurante, por isso eu resolvi criar uma nova história, uma releitura, com um final que indique que ficarei esperando tempo suficiente pra entender que quem espera SEMPRE CANSA! (02.01.03)
(...)"pegue o vestido estampado guarde pra um carnaval, guarde que eu nunca te quis mal"...(Ana carolina-Vestido Estampado).
Não sei se seria um bom começo revisitar antigas dores, bem que procurei algum escrito meu arquivado na categoria peso pena, mas acho que esse vem bem a calhar...



Não sou labirinto...
Às vezes me bate uma suscetibilidade odiosa, e eu sinto um tédio horrível de tudo e de nada, em dias assim, que se prologam, eu reviro todos os compartimentos e arquivos mortos(ou quase vivos)que tenho por dentro e começo a promover queimas e mais queimas silenciosas, zerando o meu drive e desocupando a minha memória na esperança de ganhar mais velocidade.
Em dias assim, eu escrevo coisas, eu silencio coisas e começo a acreditar nas minhas incertezas como se elas fossem a coisa mais certa do mundo, e assim, tomada por uma indomável rebeldia, eu me desfaço de sonhos, planos, desejos, desejos,desejos...não importam o quão intenso eles sejam, não importam os esforços e sonhos que os envolviam, não importa se neles eu coloquei o melhor de mim, o que de mais sincero eu sinto, minha mais terna esperança.
Não me interessa mais a minha disponibilidade, a minha vontade, o tanto de medo que imbuido na minha procura foi tomando forma e me deixando Humana, demasiadamente humana, grita para que eu racionalize e assim eu me descaracterizo e deixo calar a minha característica mais forte: o otimismo.
Em dias assim, não sinto alegria,
Em dias assim não há espaço pro novo,
Em dias assim eu juro que NUNCA mais nessa vida abro o meu coração para dizer o que sinto!

...Tô cansada!

em algum lugar de dezembro/06.