segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Constatação
(...)a sensação prolonganda da espera,
esse silêncio entrecortado pelo tempo,
os passos que eu medi, num breve ensaio,
se perderam ao longo do caminho.
É, depois é que eu pude entender,
que escrevo bem melhor na sua ausência!!!
W.D.R
domingo, 28 de outubro de 2007
"Uma de minhas últimas decepções comigo mesmo,
foi reconhecer e admitir meu péssimo hábito de abandonar pessoas.
Quís fazê-lo contigo,
como quem um dia acorda disposto a só seguir em frente,
abandonando em profunda gaveta pessoas,
situações,
sentidos que não aconteceram como esperado.
Peço perdão por minha fraqueza,
por que também quís estar ausente desse espaço que sei ser tão precioso,
o de estar do lado, dentro de tua alma.
Também vivo,
embora por vezes, o mais difícil se torne sobreviver à passagem delas; das horas.
Acho que vou me arrumar e sair,
Acho que vou me arrumar e sair,
mas tentarei não encontrar sentido pra nada nos olhos da rua."
(Alysson Santos)
sábado, 27 de outubro de 2007
SENSIBILIDADE
Falta, em algumas pessoas, a sensibilidade!
Não falo da táctil ou da que diz respeito aos demais órgãos do sentido, tão somente,
mas, quero falar, antes, sobre aquele sentir internamente, feito contrações de um parto, feito fome, muita fome, feito frio intenso que faz tremer o corpo, com vontade.
Aquela SENSIBILIDADE territorial, do auto exílio silencioso-ruidoso, que vocifera no anonimato das "paixões que vêm de dentro", e que circunstancialmente se defendem ou se manifestam exacerbadamente em campo minado, ou terreno incerto, e íngreme.
A sensibilidade que respeita os próprios limites e sentimentos, principalmente os dos outros, aquela sensibilidade conselheira que grita que "mentir pra si mesmo, é sempre a pior mentira!" e aponta caminhos que parecem tortos, tão tortos, mas que na verdade são viáveis podendo até nos oferecer um oásis. Essa sensibilidade implícita que apregoa que TUDO É UMA QUESTÃO DE QUERER! e que alavanca a procura e que esquece o MEDO!
Já outras pessoas têm senbilidade demais, mas, o mundo não pertence a essa classe restrita da humanidade! Essas pessoas sentem uma agonia, um desasossego, uma fome de vida e um frio tremendo, que dificilmente encontra agasalho na insensatez humana. São pessoas limítrofes diante do ir e vir do outro, mas são ilimitadas.
São pessoas conscienciosas, geralmente humanitárias e imprescindivelmente HUMANAS, DEMASIADAMENTE HUMANAS, mas com uma dose FORTE de SENSIBILIDADE!
Essas pessoas estão sempre buscando alguma coisa que mantenha acesa a chama da vida e o sentido pleno de existir. Buscam o conhecimento, o auto conhecimento, buscam sempre a PAZ, a HARMONIA, o bem estar comum, buscam o crescimento interior, a maturidade, pontos necessários aos passos seguros e com direcionamento, buscam, buscam muito e verdadeiramente DEUS(ou qualquer outro nome que o represente, qualquer outro gênero que lhe identifique).
Essas pessoas AMAM, SENTEM, DESEJAM, QUEREM, ARDENTEMENTE E VERDADEIRAMENTE!
Essas pessoas ALIMENTAM SEUS SONHOS ATÉ DEIXÁ-LOS SUFICIENTEMENTE FORTES, para que se tornem REALIDADE!
Essas pessoas ENFRENTAM A VIDA SEM FUGA, não temem campos de batalha, nem derrotas, continuam FIRMES, VIGILANTES, pois, sabem que "é preciso estar atento e forte", e surpreendentemente essa pessoas conseguem, apesar de FORTES, ter uma doçura, uma amabilidade, uma ternura tão envolventes, que justificam o seu status de pessoa portadora de SENSIBILIDADE.
Essas pessoas estão em extinção...
Eu QUERO uma pessoa assim para mim!
Waleska Dacal
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
(...)
Eu tava aqui pensando...
se a esperança é a última que morre,
isso significa que eu vou morrer antes dela...
Puta que pariu, caralho!!!
Foda-se a esperança, então!
eu quero é VIDA
W.D.R
Bão Balalão,
Senhor Capitão!
Tirai este peso do meu coração
Não é de tristeza,
Não é de aflição:
Não é de tristeza,
Não é de aflição:
É só de esperança,
Senhor capitão!
A leve esperança,
A aérea esperança...
Aérea, pois não!
- Peso mais pesado
Não existe não!
Ah, livrai-me dele,
Senhor capitão!
(Rondó do capitão - secos e molhados)
Coisas que eu sei...
Eu quero ficar perto de tudo o que eu acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência, meu pacto com a ciência
Meu conhecimento é minha distração
Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio-relógio mostra o tempo errado... aperte o ‘Play’
Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista, não aceito turistas
Meu mundo tá fechado pra visitação
Coisas que eu sei
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa... é a minha lei
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais... depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro do que eu desenhei
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar... eu já comprei
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando tô a fim
Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes eu somente não sabia... Agora eu sei
(Coisas que eu sei - Composição: Danni Carlos)
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
CONTRAMÃO!!!
Lívida,
humana,
irreverente
e louca
eu vou roubar um beijo
da sua boca,
e se ainda assim você
duvida,
depois não diga
que não acredita!
Pareço, mas não sou indiferente
esse alheamento eu aprendi com
a vida,
eu vou roubar um beijo
da sua boca,
você acredita?
racional,
distante,
inusitada
e louca,
eu vou colar a minha boca
na sua boca,
e se mesmo eu dizendo
você se surpreende,
problema seu que não me entende!
Sou calma, mas paciência tem limite!
Então! não me venha com provocação!
minha via segue em mão única,
saia da contramão!
W.D.R
humana,
irreverente
e louca
eu vou roubar um beijo
da sua boca,
e se ainda assim você
duvida,
depois não diga
que não acredita!
Pareço, mas não sou indiferente
esse alheamento eu aprendi com
a vida,
eu vou roubar um beijo
da sua boca,
você acredita?
racional,
distante,
inusitada
e louca,
eu vou colar a minha boca
na sua boca,
e se mesmo eu dizendo
você se surpreende,
problema seu que não me entende!
Sou calma, mas paciência tem limite!
Então! não me venha com provocação!
minha via segue em mão única,
saia da contramão!
W.D.R
Do desejo...
"E por que haverias de querer minha alma na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas,
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia,
Nem omiti que a alma está além,
buscando aquele outro.
E te repito: por que haverias de querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e de acertos.
Ou tenta-me de novo.
Obriga-me".
(Hilda Hilst, in: Do Desejo - 1992)
(...) ai, meu Deus!
domingo, 14 de outubro de 2007
GAIVOTA
Entendi sobre a importância da água quando tive sede,
percorri toda a trajetória do trigo até tornar-se pão,
quando senti fome.
Das primeiras necessidades básicas até hoje esbocei uma paisagem
e me pintei dentro dela,
descansando sob uma sombra fresca,
embalada por antigos sonhos,
a espera de um SIM,
não de um TALVEZ, QUEM SABE?
Nessa tela que em silêncio pinto, variando os tons e as paragens,
também sou gaivota, livre a beijar de repente o mar...
(...)
É que eu já entendi que o destino do porto é acalentar o barco.
Waleska Dacal
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