domingo, 3 de julho de 2011

Ao som de Belchior...

Um silêncio enclausurado, muitas vezes, exerce mais efeito que qualquer forma de interlocução, só não consegue ser mais esclarecedor que o brilho de um olhar dentro de outros olhos, por isso, caros leitores, convém, vez por outra, exercitarmos um certo distanciamento de tudo aquilo que nos envolve sem ter permissão, tudo aquilo que nos invade, sem se fazer perceber, que nos transtorna sem que, por certo, possamos definir usando grandes e definitivas nomenclaturas...

Estava aqui ouvindo um pouco de Belchior, com aquela voz rouca a repetir que o novo, o novo, o novo sempre vem...O NOVO SEMPRE VEM!

E não quer saber se vai nos pegar de saia justa muito menos se nos preparamos para reinventar ou redefinir velhos nomes para as coisas que sentimos, enfim, fiz uma pequena pausa nos meus pensamentos toscos de hoje para deixar aqui expresso, ainda que confusamente, o meu perceber, o meu indagar, o meu ãnh, como assim??? Em perceber brechas, portas, janelas, abertas dentro do meu coração, e levar um susto tremendo em constatar que entrou uma pessoa diferente dentro dele, só não descobri ainda o que fazer com isso...

Waleska Dacal

"Não quero lhe falar, meu grande amor, das coisas que aprendi nos discos"...

(Belchior)

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