sábado, 18 de abril de 2015

Sobre Mentiras, Eufemismos e Reticências



Odeio mentiras,
Tudo aquilo que podia ter crescido sob a luz da verdade, mas que não vingou, todos esses ensaios, seguidos pelos erros e que não são corrigidos, e que não evoluem para tentativas e acertos.
Odeio esse tempo gasto com ficções e confabulações tão mesquinhas, quando pra mim é suficiente o silêncio, sem argumentações profundas, sem grandes retóricas, cheias de eufemismos, até por que eu odeio eufemismos, sempre preferi reticências.
Odeio ilusões, truques, mágicas e qualquer fantasia que engane os olhos, mas repudio mais ainda todo e qualquer ilusionismo que ouse enganar meu coração, por que dentre as coisas que desaparecem aos nossos olhos existem também aquelas que se perdem para sempre, pela mentira e se vão de verdade.
Odeio mentiras, já passei dessa fase, com o tempo e sob o efeito dele percebi o quanto é inútil encontrar desculpas, criar roteiros fictícios, justificar o que não precisa de outra coisa a não ser a pura e simples verdade, e essa nem precisa ser falada, pode apenas ser guardada, silenciada e vivida.
Quem me conhece um pouco, às vezes, se choca com as coisas que eu digo, parecem cruas demais, parecem duras demais, aprendi a calar também muitas das coisas que penso e sinto, por não querer mais magoar sentimento de ninguém e por entender que não existem verdades absolutas, mas toda mentira é absolutamente uma mentira, e pouca coisa pode ser dita ou feita para que se prove o contrário.
Odeio mentiras, odeio ter que mentir pra mim mesma, mas não condeno mais quem ainda necessita de ilusões para viver, sei que a realidade é pesada demais para alguns, e como diria o Nando Reis: (o cantor, não o meu irmão!)

Mentira é pura vaidade de quem precisa se esconder.”
Eu não preciso!


Waleska Dacal

"eu não condeno mentiras, eu não condeno vaidades!" (Adriana Calcanhoto)