Odeio mentiras,
Tudo aquilo que podia ter crescido sob a luz da verdade, mas
que não vingou, todos esses ensaios, seguidos pelos erros e que não são
corrigidos, e que não evoluem para tentativas e acertos.
Odeio esse tempo gasto com ficções e confabulações tão
mesquinhas, quando pra mim é suficiente o silêncio, sem argumentações
profundas, sem grandes retóricas, cheias de eufemismos, até por que eu odeio eufemismos,
sempre preferi reticências.
Odeio ilusões, truques, mágicas e qualquer fantasia que
engane os olhos, mas repudio mais ainda todo e qualquer ilusionismo que ouse
enganar meu coração, por que dentre as coisas que desaparecem aos nossos olhos
existem também aquelas que se perdem para sempre, pela mentira e se vão de verdade.
Odeio mentiras, já passei dessa fase, com o tempo e sob o
efeito dele percebi o quanto é inútil encontrar desculpas, criar roteiros
fictícios, justificar o que não precisa de outra coisa a não ser a pura e
simples verdade, e essa nem precisa ser falada, pode apenas ser guardada,
silenciada e vivida.
Quem me conhece um pouco, às vezes, se choca com as coisas
que eu digo, parecem cruas demais, parecem duras demais, aprendi a calar também
muitas das coisas que penso e sinto, por não querer mais magoar sentimento de
ninguém e por entender que não existem verdades absolutas, mas toda mentira é
absolutamente uma mentira, e pouca coisa pode ser dita ou feita para que se
prove o contrário.
Odeio mentiras, odeio ter que mentir pra mim mesma, mas não
condeno mais quem ainda necessita de ilusões para viver, sei que a realidade é
pesada demais para alguns, e como diria o Nando Reis: (o cantor, não o meu
irmão!)
“Mentira é pura vaidade de quem precisa se esconder.”
Eu não
preciso!
Waleska Dacal
"eu não condeno mentiras, eu não condeno vaidades!" (Adriana Calcanhoto)
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