quarta-feira, 30 de maio de 2007

Não sei se seria um bom começo revisitar antigas dores, bem que procurei algum escrito meu arquivado na categoria peso pena, mas acho que esse vem bem a calhar...



Não sou labirinto...
Às vezes me bate uma suscetibilidade odiosa, e eu sinto um tédio horrível de tudo e de nada, em dias assim, que se prologam, eu reviro todos os compartimentos e arquivos mortos(ou quase vivos)que tenho por dentro e começo a promover queimas e mais queimas silenciosas, zerando o meu drive e desocupando a minha memória na esperança de ganhar mais velocidade.
Em dias assim, eu escrevo coisas, eu silencio coisas e começo a acreditar nas minhas incertezas como se elas fossem a coisa mais certa do mundo, e assim, tomada por uma indomável rebeldia, eu me desfaço de sonhos, planos, desejos, desejos,desejos...não importam o quão intenso eles sejam, não importam os esforços e sonhos que os envolviam, não importa se neles eu coloquei o melhor de mim, o que de mais sincero eu sinto, minha mais terna esperança.
Não me interessa mais a minha disponibilidade, a minha vontade, o tanto de medo que imbuido na minha procura foi tomando forma e me deixando Humana, demasiadamente humana, grita para que eu racionalize e assim eu me descaracterizo e deixo calar a minha característica mais forte: o otimismo.
Em dias assim, não sinto alegria,
Em dias assim não há espaço pro novo,
Em dias assim eu juro que NUNCA mais nessa vida abro o meu coração para dizer o que sinto!

...Tô cansada!

em algum lugar de dezembro/06.

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