Quando o inverno chegou eu senti frio,
fiquei triste,
como um cão que perdeu seu dono,
seu osso,
seu rabo.
Quando o corpo passou, eu vesti luto,
fiz silêncio,
greve de fome e não tive fome,
nem medo.
Quando o vendaval passou levando casas,
destruiu sonhos,
alguns não dormidos, por falta de sono.
Quando a dor passou eu abri os olhos,
não havia mais chuva,
e apesar das minhas roupas secas,
sobrava água por dentro.
(...)
resta-me agora escoar toda a água,
construir novos alicerces,
tirar o luto,
aquecer o corpo,
por que, quando a banda passar,
eu quero estar inteira, para, quem sabe,
ouvi-la cantando coisas de amor!
WDR
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
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