quinta-feira, 4 de setembro de 2008

OURO DE VERDADE

DESCOBRI NA SEMANA PASSADA
QUE NAQUELA ESCADA FALTAVA UM DEGRAU,
QUE FALTAVA AQUELA PLACA QUE INDICAVA
O NOVO RUMO,
UMA NOVA DIREÇÃO,
MAS, AINDA ASSIM, TOMEI O RUMO CERTO,
ME CERQUEI SÓ DE MIM,
SEM NINGUÉM, SEM ESPREITAS,
SEM NENHUMA CULPA,
COM O PEITO ABERTO,
PARA O QUE VAI CHEGAR
DISSO QUE DEIXO PARTIR, ASSIM, SEM ME DESPEDIR!
E AOS POUCOS FOI ME DANDO UMA ALEGRIA,
UMA COISA NOVA,
A ENERGIA ERA OUTRA,
DANDO-ME A CERTEZA DO QUE ESTÁ POR VIR,
E SE EU ESCREVO AGORA SOBRE ESSA CERTEZA,
NASCIDA DO QUE HÁ DE PIOR NAS COISAS TRISTES-
TIPO AQUELA INDEFINIÇÃO,
AQUELA ESPERA QUE NÃO SE SABE NUNCA, AO CERTO,
SE ERA POR ALGUÉM OU ALGUMA COISA-
É POR QUE SEI QUE NO VAGAR DA CORRENTEZA,
O RIO DESÁGUA AQUI...
DESÁGUA AQUI,
NO MAR SERENO DAS COISAS QUE SINTO!
POR QUE, NO FINAL DAS CONTAS, ÀS VEZES,
O LUGAR COMUM QUE EMPURRA O RIO SEMPRE PARA O MAR
VIRA POESIA NO COTIDIANO DAS ILUSÕES PERDIDAS!
NÃO QUERO NÃO, A PLACA QUE NORTEIA O PRÓXIMO CAMINHO,
MAS POR FAVOR,
SE ALGUÉM SOUBER POR ONDE ANDA
AQUELE DEGRAU QUE ME FAZIA ENXERGAR
O QUE HAVIA DE MELHOR NO QUE EU SENTIA,
PEÇO QUE ME AVISE!
É QUE EU TENHO MEDO DE PERDER,
PARA SEMPRE, DE VISTA
TUDO AQUILO QUE GUARDEI
NO BAÚ ENVELHECIDO DA MINHA LEMBRANÇA,
COM O MAIS PURO VALOR,
COMO OURO DE VERDADE!

(Waleska Dacal Reis)

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