a ti,
nem a mim,
nem a niguém direi,
quem mais saberá pela minha boca o que eu sinto?
Quem mais terá o prazer de sorver com longos tragos a minha esperança,
o meu cantar ou desencantamento?
Deixo que sigam assim a palo seco,
delimitanto meus milimétricos gestos,
esperançosos pelo cair de uma vírgula,
agora o meu querer é meu,
irá comigo ao túmulo quando chegada a hora,
assim como irão também os meus medos,
minhas alegrias,
minhas mágoas, meus maiores ressentimentos.
de contrapeso, a insígnia inscrita na lápide fria
que guardará junto com a imagem distante do meu rosto
a inesquecível frase:
Partiu sem dizer se vai sentir saudades!!!!
E tenho dito!
Waleska.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
domingo, 12 de outubro de 2008
Amálgama
Formou-se de outra matéria que não a minha,
pedra dura,
mas em sigilo temperas com sofreguidão
a amálgama do teu sorriso, com gestos polidos
silêncios rudes,
e desse cabimento, misturas o concreto
e a argamassa que te faz parecer comigo,
no divagar dos meus sonhos
e dos meus ressentimentos.
Insistes, assim, em inventar antigas vozes,
que te despertam do porão bolorento
das tuas lembranças,
e ensaias novos rumos, no vão sem destino,
dos teus passos,
enquanto eu, só, tento me acostumar com o teu silêncio,
por vezes, penso até que estou me moldando,
a escassez dos teus gestos, do teu buscar por mim.
E assim, apesar das matérias distintas que vão nos formando,
eu sigo, a cada dia na minha natureza de rocha,
que vai sendo modelada com o tempo,
enquanto que você vai misturando, ao sal das lágrimas,
o cimento que esperas que vá te fortalecendo,
evidenciando, ainda mais, a nossa distinta semelhança.
Waleska Dacal Reis
"Eu pertenço a raça da Pedra Dura!" (João Bosco)
terça-feira, 7 de outubro de 2008
AO MEU MAIOR SORRISO!
Demorou tanto, mas encontrei o que eu queria,
tento não ver, chego a fingir que é engano,
mas ando rindo e pervagando sem destino,
sorriso bobo, acho até que estou sonhando!
Há quem perceba pelo limiar do meu sorriso,
essa coisa boa, um jeito assim que se adivinha,
e mesmo só, seguindo só
ou atravessando a rua,
pode-se ver que eu já não ando mais sozinha...
é, mas demorou tanto!
(...)
(o meu maior sorriso!)
(Waleska Dacal)
tento não ver, chego a fingir que é engano,
mas ando rindo e pervagando sem destino,
sorriso bobo, acho até que estou sonhando!
Há quem perceba pelo limiar do meu sorriso,
essa coisa boa, um jeito assim que se adivinha,
e mesmo só, seguindo só
ou atravessando a rua,
pode-se ver que eu já não ando mais sozinha...
é, mas demorou tanto!
(...)
(o meu maior sorriso!)
(Waleska Dacal)
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