quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

lataria


(...) UM ARRANHÃO PROFUNDO NA LATARIA


E BASTA UM BOM SERVIÇO DE LANTERNAGEM,


COM SORTE EM UM OU DOIS DIAS,


TÁ PRONTINHO,


LÁ, PARECE ATÉ NOVINHO EM FOLHA!


MAS NÃO SE ENGANE CORAÇÃO,


NEM SE OFUSQUE COM O BRILHO!


POR MAIS QUE OUTRAS PESSOAS NUNCA


PERCEBAM,


O VELHO ARRANHÃO PERMANECE LÁ...


Waleska Dacal
21.01.09
acessado em 21.01.09.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

GOSTO DE COISAS IMPOSSÍVEIS,

DO TIPO SECAR O MAR COM UM BALDE,

POR SORTE EXISTE A TÁBUA DAS MARÉS

QUE DE ACORDO COM AS FASES DA LUA,

A CADA VAZANTE,

ME FAZ ACREDITAR QUE ISSO É POSSÍVEL,

SEM CONTAR COM MEUS ESFORÇOS!

LOGO PERCEBO,

NUM PENSAR INCOMPLETO E INCONGRUENTE,

QUE CERTAS COISAS VÃO ACONTECENDO APESAR DA MINHA IMOBILIDADE,

POR QUE O NADA FAZER AINDA ASSIM É FAZER,

E TRISTE COISA É NÃO PODER FAZER TUDO O QUE SE QUER,

E TER QUE ACEITAR QUE, MUITAS VEZES,

PRA SE CONSEGUIR O QUE SE QUER É NECESSÁRIO NÃO QUERER,

NEM FAZER COISAS ALGUMA!


Waleska Dacal



"Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer" (Fernando Pessoa)
"A fé sem ação é fé morta!!!"








domingo, 18 de janeiro de 2009

É sempre mais fácil viver a vida do outro,
Quase sempre temos mil e uma maneiras de solucionar os problemas da vida das outras pessoas, acreditando que essa ou aquela solução seria perfeita, mas esquecemos o tanto de coisas que temos para ajeitar na nossa própria vida.
Nem precisa fazer uma lista muita longa:
Nossos medos,
Nossas inseguranças,
Nossas dívidas,
Nossa casa,
Nossa maneira de ser, vestir, falar,
Nossas crenças e ideologias,
Nossos sonhos e ideais,
Nossas relações pessoais,
Nossos próprios limites!
É natural que, entre amigos, pessoas que se gostam, familiares, ou mesmo aqueles por quem temos grandes afinidades, haja uma preocupação concreta com essa ou aquela atitude do outro, haja uma vontade de que o outro melhore, cresça materialmente e espiritualmente.
No entanto, a distância que separa a preocupação e o desejo sincero pelo bem estar do outro da interferência e da crítica inútil, deve ser considerada e respeitada.
Se é possível viver uma vida, essa tem que ser a nossa, que é curta e sinuosa, cada esquina uma surpresa, o tempo é pouco para colocar ou pelo menos tentar colocar cada coisinha em seu devido lugar.
Cada segundo que dedicamos à análise da vida do outro é um segundo a menos que bem poderíamos estar dedicando a nossa própria vida tão cheia de coisas a ajustar.
E sabe quando é que nos damos conta disso?
Quando alguém vem nos criticar,
Quando alguém nos dirige um olhar de amargura, provavelmente devido às suas próprias frustrações que não foram resolvidas por que, certamente, perdeu mais tempo tentando resolver o problema da vida dos outros...
Umas coisas a gente aprende falando, erradamente falando sem pensar, outras bem mais significativas a gente aprende no silêncio.

Estive ontem ouvindo o relato de uma conversa que uma amiga teve com uma vizinha, palavras tão inúteis e agressivas, carregadas de preconceito e menosprezo, me fizeram enxergar duas coisas:
A primeira, é que costumamos usar o outro como espelho para as nossas feridas emocionais e frustrações,
E a segunda é que se controlarmos melhor nossos impulsos não agrediremos nem magoaremos ninguém e ainda teremos uma excelente oportunidade de exercitar a nossa tolerância, acumulando conhecimentos que nos ajudarão, com certeza, a melhorar a nossa própria vida.

Um brinde ao silêncio, então!

Waleska Dacal Reis
18.01.09

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Coquetel molotov

Puta Que pariu, se tem coisa que eu ODEIO é formiga, formiga é um bichinho pequeno, insignificante, mas que encaralha qualquer um!Você arruma a cozinha todinha, deixa tudo limpinho bonito, mas elas insistem em aparecer, procurando uma migalhinha de não sei quê, você não pode deixar nem por um segundinho um restinho de qualquer coisa num copo ou numa xícara, que elas montam logo uma força tarefa, mandam primeiramente uma pequena expedição pra reconhecimento do local a ser explorado, ficam de longe esperando os contatos das amigas terroristas, e no segundo seguinte lá vem a milícia completa, infernizar a porra da vida de qualquer um!!!Eu ODEIO formiga! E tenho pra mim que as que andam lá por casa receberam treinamento do exercito talibã, só sendo! Elas são suicidas!verdadeiros “homens” bombas, explico:
Descobri uma maneira eficiente de matar uma porção delas de uma única vez, sadismo puro, confesso, mas dá um certo prazer!Lá vai a receita:

Pegue uma xícara, um copo, qualquer pequeno recipiente e coloque uma pequenina quantidade de coisa doce, pode ser algumas gotas de café adoçado, um restinho de doce, e essas delícias todas e aguarde...
Esqueça mesmo por um tempo e depois vá conferir, aposto com você que vai estar aquele aglomerado de pequenos monstros odiosos ali reunidos quase imóveis, zumbis devorando freneticamente o que pra elas parece ser o manjar dos deuses, então meu amigo, nesse exato momento, você enche um pouco a pia de água, de preferência com algumas gotas de detergente, a essas alturas você já está chamando de deterformiga, e quando elas estiverem bem alegrinhas, bando de ‘fia’ da peste, você enche o recipiente de água da torneira e depois afoga elas na pia, e abre o ralo...QUE BELEZA!!O redemoinho levando elas ralo abaixo e elas nadando freneticamente, e como nadam, tentando se salvar!NÃO DEIXEM, MATEM ESSAS FIA DA PESTE TUDINHO!!!!
O mais interessante, é que, enquanto umas estão morrendo submersas e ainda assim nadando, as formigas-bombas, kamikazes, ou sei lá o quê, vem e se jogam dentro da pia num gesto qualquer de desespero ou amor a causa, como queiram acreditar! Eu, da minha parte, quase pulo de alegria, deixo a pia toda limpinha outra vez e preparo mais uma pequena porção de “VÁ COM DEUS!!” a Roberta Miranda que me desculpe, mas foi esse o nome que dei ao meu maravilhoso coquetel molotov.Espero que a minha sutil receita tenha contribuído com a melhoria da sua qualidade de vida doméstica, amigo leitor, e quem sabe, em breve, eu poste outras dicas úteis qui nesse meu confessionário virtual!
Fui!
Waleska Dacal
16/01/09

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

(...)

Bom pra começar bem esse ano, eu gostaria de parar com essa mania de ficar registrando as minhas impressões aqui nesse diário virtual, que mais parece o meu divã psicanalítico, mas é incrível como, mesmo tendo tanta coisa pra fazer, uma lista de urgências a espera da minha força motriz, ainda assim sobra tempo pra pensar em coisas, pra sentir coisas, pra manifestar coisas, pra tentar digerir, dificilmente, coisas, "no vão das coisas que a gente disse", diz e cala!!!Ai que coisa tão Ana Carolina!
Mas, "é isso ai!"Por hoje, enquanto faço o almoço, me pego a refletir sobre o valor que damos às pessoas...e o que é mesmo o que determina o nosso devotamento, a nossa fidelidade, a não ser um sentimento muito maior e supra humano, que cegue todos os olhos a todas as ausências, ensurdeça todos os ouvidos a todos os silêncios, enrijeça todos os músculos pela falta de movimentos e pela inação, numa carência qualquer de pequenos gestos, delicados gestos, nem médios, nem grandes, migalhas de atenção e respeito humano.
Mas como mensurar aquilo que os nossos olhos pensam ver, que nossos ouvidos acreditam ouvir e a nossa sensibilidade julga ser (se iludindo, coitada) manifestações de grandes esforços pessoais de outrem em nossa direção? Ai, ai.. Não seria uma questão de foco.Essa análise carece de mais realidade, deve ser mais factual, essa coisa de dizer que é tudo uma questão de ponto de vista, é uma maneira de se auto-iludir, mas a verdade mesmo tem a ver com o velho e bom QUERER!
Esses dias uma conhecida minha escreveu lá no orkut dela:

"Quem quer arranja um meio. Quem não quer arranja uma desculpa."
Nem é muito difícil arrumar frases que justifiquem a importância que tem o QUERER nas nossas ações, em cada movimento nosso. Até em frase de parachoque de caminhão dá pra pesquisar, e é bem isso! Por mais que os grandes líderes religiosos tenham pregado o doar-se sem receber nada em troca, por mais que a gente, ame independente de ser amado ou não, "apesar de", e "ainda que", humanamente devemos reconhecer que amor se alimenta de amor, carinho se alimenta de carinho , amizade se corresponde é com amizade, confiança, respeito.Não se pode alimentar bons sentimentos com desprezo, malícia, dúvidas, receios, pragas e maledicências e esperar que eles floreçam por longas datas...Bom, acho que por hoje eu extrapolei na minha dose diária de otimisto, quero só ver agora quando é que eu vou parar com essa restrospectiva 2008 já nos idos de 2009, mesmo por que fica mais fácil com um bom vinho e hoje não tô bebendo nada, quer dizer, vou tomar água, por aqui tá um calor insuportável!!!
E tenho dito!
WDR.
07.01.09

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ausência



"Sentir é estar distraído''...(Fernando Pessoa)



Me bateu uma tristeza agora
que, perdida entre pensamentos,
não sei dizer o que me atinge nessa hora,
nem externar o que sinto aqui por dentro.
Parece-me, tem a ver com a sua ausência
e todas as ausência com suas discrepâncias,
tem a ver com adolescência, fase adulta,
maturidade conquistada na infância.
Deve ser algo amplo, mas restrito,
deve ser algo gritante e jamais dito
sobre essa ausência que não chega
e só demora.
Algo discreto que ninguém sonha,
nem sente,
algo interno,
que só eu guardei na mente,
sobre essa ausência,
que me cala e me devora.

(Ao meu pai)

Waleska Dacal
14/07/99

Trôpega

Sai meio trôpega,
foi mesmo muito forte.
Mais forte que o vinho,
gosto,
cheiro,
lacre.
Mais forte que qualquer
outro álcool forte,
Sai sem saber de mim qual fora a parte
que melhor ficou em ti.
E sai meio morta,
foi muito forte a dose,
mais forte do que a vida,
desgosto,
frio,
parte,
perdi mesmo o meu norte.
Sai sem saber em mim qual fora a parte,
que melhor ficou de ti,
pra me dar sorte!!!
Waleska Dacal
03.09.99

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A colecionadora de horas

Faltou do mensageiro dos ventos
A carta piedosa, trazendo a boa nova,
Mas o raiar do dia clareando as idéias fez entrever
O porquê,
Entre falsas escusas, ou talvez não tão sinceras,
Que só se justificariam pelo medo,
De ao atravessar a porta, enxergar-se do outro lado do espelho,
Onde sempre esteve,
Aprisionada por preconceitos tortos,
Inseguranças tantas,
Constantemente alucinada, num delírio louco
e uma febre quase insana,
colecionando horas,
fracionando ainda mais os minutos e os segundos.
Faltou uma brisa qualquer vinda de não sei onde,
Que acalentasse o meu pobre coração ferido,
Pela constatação dos meus enganos,
Mas, tão resistente ao tempo,
Que no embaçar dos meus olhos,
Com a fumaça,
Que no estremecer do meu corpo,
Sem nenhum frio,
Que no impacientar-se da inexatidão
De todos os silêncios,
Imobilizou-se, sem um gesto qualquer
de arrebatamento...
Faltou do mensageiro dos ventos
A carta piedosa do ESQUECER!


Waleska Dacal Reis
01.01.09


(...) “meu coração já se cansou de tempestade”