sábado, 9 de fevereiro de 2008

Comportas...

Não sei por que ainda dói,
por que essa ferida não fecha,
por que ainda perco o sono, quando me revisitas
no lusco-fusco do tempo,
nas palavras e idéias das pessoas,
acerca de mim e de ti e de tudo que não fomos nós.
Não sei por que minha boca seca,
mesmo sem pronunciar seu nome,
nem que motivos reais tem a minha angústia,
que me faz prisioneira do teu cheiro,
que pervaga na lembrança,
que insiste nessa ausência e me faz calar seu nome.
Não sei o que me leva em tua direção,
se não te sigo,
se na verdade, meus passos há muito já encontraram
outra direção,
já não é nem segredo,
mas, desconheço, de verdade,
não entendo, o que é isso que me deixa inquieta
quando alguém articula o seu nome,
descreve os teus gestos,
me deixando insone.
Olho espantada para o meu coração,
cheio de portas e janelas,
tantas trancadas, lacradas, interditadas,
tantas comportas escancaradas,
entreabertas,
mas, continuo sem a certeza
se algum dia, realmente,
eu vi você sair de lá por alguma delas...

WDR


Vou tomar mais café, que é melhor!!!!

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