domingo, 16 de março de 2008

Pérolas...

"Hoje, resolví que a vida deve ser mais alegre sim.Cansei de ouvir bolero, tão cedo não bebo, e de hoje em diante quero é ser feliz!"

(Alysson Santos)

quarta-feira, 12 de março de 2008

SICUTA

Preciso de um copo de silêncio,
Uma dose a mais de indiferença,
algo que compense o meu querer
referenciando a tua ausência!
Algo que sufoque essa agonia,
essa mistura do que sou eu, com o que é você!
Preciso de um copo de silêncio,
com uma dose a mais de 'esquecer',
algo que me faça lembrar
que já é hora de seguir a caminhada,
e, preferencialmente, sem você!
Já que essa história não vai dar em nada!!!

WDR

segunda-feira, 10 de março de 2008

domingo, 9 de março de 2008

semente

O que tiver de ser será,
sem que haja a menor necessidade das palavras,
virá assim pulando o muro alto criado pelo silêncio,
a cerca de segurança contratada pelo medo,
o alambrado soerguido pela falsa indiferença.
O que tiver de ser, será estabelecido por uma ordem inversa e que
eu desconheço, anterior e posterior a tudo o que eu sinto,
na ignomínia causada pelo mais avassalador dos desejos:
FRUTO PROIBIDO!
Suculento,
Maduro pelo próprio tempo: Não poderia ser arrancado!
e sendo silenciosamente desejado,
renegado,
foi apodrecendo escondido!
Mas, como o que tiver de ser será,
resta-nos, então, a semente,
frutos proibidos nascem novamente
para as mãos mais sequiosas por colhê-los.
(...)
Vale o tempo da espera,
quem sabe outra Primavera, sem a matiz gris
desse meu medo!

W.D.R

quarta-feira, 5 de março de 2008

Apóstrofe!

Escrever, na maioria das vezes, salva o meu dia, eu vou me despindo assim, através das palavras, que, a principio, vão se mostrando tão desconexas, e no final sempre se revelam dando sentido a tudo, eu compreendo bem a minha subjetividade, eu até antevejo, coisas tão factuais quanto a minha falta de vontade de começar um texto sabendo exatamente onde ele vai me levar. Eu nunca sei ao certo onde vou me encontrar depois de 1.024 palavras, até a página 3, diria alguém, até a contracapa respondo pra alguns, eu sou dos sentimentos fortes, do querer intenso, do sentir profundo e visceral que me convence as entranhas, não me conformo com menos, racionalizo, então!
Passei da fase simples da experimentação, primária demais, coração, superficial demais! Pois, me cansa esse medo que não é meu, mas que me limita, me silencia, me afasta, me detém submersa no vácuo e imune a suscetibilidades tantas, vindas de lá, vindas de cá.
Em dias assim, não perco tempo com páragrafos, engulo palavras, saio das entrelinhas - onde estão resguardadas as piores verdades, meu Deus! Para gritar a quem queira ouvir: ABUSEM DA APÓSTROFE! BRINQUEM COM AS PALAVRAS, MAS, POR FAVOR, CONCLUAM, VERDADEIRAMENTE, O 'TEXTO'!
Em dias assim, eu me convulsiono na repercussão dessas coisas que escrevo, e que quando leio, dias depois, reforçam essa certeza, de que, por mais que eu escreva só para mim inúmeros textos, nunca mais deva falar sobre o que eu sinto!
WDR

terça-feira, 4 de março de 2008

Gare

Hoje eu quero, apenas, um pouco de silêncio!

Hoje estou cansada até de mim,

das minhas esperanças,

do meu olhar cheio de sonhos,

do meu riso tão fácil,

ao te ouvir.

Hoje eu queria que o tempo, ao meu redor,

parasse!

e dessa viagem que é a vida, por alguns momentos,

eu pudesse descer!

desfazer as malas,

todas as bagagens,

esquecer de mim e de você!

Hoje eu queria tapar meus ouvidos,

perder meus sentidos,

não ver,

não lembrar,

não saber,

não sentir,

não querer,

não medir,

não escrever,

não racionalizar!

Hoje eu queria, apenas, um pouco de silêncio...

mas não houve nada, dentro de mim, que sufocasse

essa poesia!


Waleska Dacal

Cais

engolir palavras,
mastigar verbos,
digerir pronomes
relativos,
possessivos,
pessoais...
não escutar nada,
não enxergar nada,
e no cais da poesia
ancorar, lavar as mãos
num gesto de covardia!
engavetar os sonhos,
tantos sonhos tortos!
arquivar as promessas -elas não foram vãs!
e beber a palo seco,
o sonho amoroso do seu beijo,
contornando com um toque imaginário
o campo vibratório do seu corpo,
sorvendo o teu medo,
o meu medo,
pervagando,
me distanciando,
partindo...
até que da minha presença reste,
apenas,
o silêncio!

W.D.R

"Por mim, e por vós, e por mais aquilo que está onde as outras coisas nunca estão, deixo o mar bravo e o céu tranquilo: quero solidão".

(Cecília Meireles)