engolir palavras,
mastigar verbos,
digerir pronomes
relativos,
possessivos,
pessoais...
não escutar nada,
não enxergar nada,
e no cais da poesia
ancorar, lavar as mãos
num gesto de covardia!
engavetar os sonhos,
tantos sonhos tortos!
arquivar as promessas -elas não foram vãs!
e beber a palo seco,
o sonho amoroso do seu beijo,
contornando com um toque imaginário
o campo vibratório do seu corpo,
sorvendo o teu medo,
o meu medo,
pervagando,
me distanciando,
partindo...
até que da minha presença reste,
apenas,
o silêncio!
W.D.R
"Por mim, e por vós, e por mais aquilo que está onde as outras coisas nunca estão, deixo o mar bravo e o céu tranquilo: quero solidão".
(Cecília Meireles)
terça-feira, 4 de março de 2008
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