domingo, 9 de março de 2008

semente

O que tiver de ser será,
sem que haja a menor necessidade das palavras,
virá assim pulando o muro alto criado pelo silêncio,
a cerca de segurança contratada pelo medo,
o alambrado soerguido pela falsa indiferença.
O que tiver de ser, será estabelecido por uma ordem inversa e que
eu desconheço, anterior e posterior a tudo o que eu sinto,
na ignomínia causada pelo mais avassalador dos desejos:
FRUTO PROIBIDO!
Suculento,
Maduro pelo próprio tempo: Não poderia ser arrancado!
e sendo silenciosamente desejado,
renegado,
foi apodrecendo escondido!
Mas, como o que tiver de ser será,
resta-nos, então, a semente,
frutos proibidos nascem novamente
para as mãos mais sequiosas por colhê-los.
(...)
Vale o tempo da espera,
quem sabe outra Primavera, sem a matiz gris
desse meu medo!

W.D.R

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