quarta-feira, 5 de março de 2008

Apóstrofe!

Escrever, na maioria das vezes, salva o meu dia, eu vou me despindo assim, através das palavras, que, a principio, vão se mostrando tão desconexas, e no final sempre se revelam dando sentido a tudo, eu compreendo bem a minha subjetividade, eu até antevejo, coisas tão factuais quanto a minha falta de vontade de começar um texto sabendo exatamente onde ele vai me levar. Eu nunca sei ao certo onde vou me encontrar depois de 1.024 palavras, até a página 3, diria alguém, até a contracapa respondo pra alguns, eu sou dos sentimentos fortes, do querer intenso, do sentir profundo e visceral que me convence as entranhas, não me conformo com menos, racionalizo, então!
Passei da fase simples da experimentação, primária demais, coração, superficial demais! Pois, me cansa esse medo que não é meu, mas que me limita, me silencia, me afasta, me detém submersa no vácuo e imune a suscetibilidades tantas, vindas de lá, vindas de cá.
Em dias assim, não perco tempo com páragrafos, engulo palavras, saio das entrelinhas - onde estão resguardadas as piores verdades, meu Deus! Para gritar a quem queira ouvir: ABUSEM DA APÓSTROFE! BRINQUEM COM AS PALAVRAS, MAS, POR FAVOR, CONCLUAM, VERDADEIRAMENTE, O 'TEXTO'!
Em dias assim, eu me convulsiono na repercussão dessas coisas que escrevo, e que quando leio, dias depois, reforçam essa certeza, de que, por mais que eu escreva só para mim inúmeros textos, nunca mais deva falar sobre o que eu sinto!
WDR

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