sábado, 5 de junho de 2010

Tormenta

Passou sim,

Mas deixou vestígios,

A casa impregnada pela ausência,

Cada coisa fora do lugar e mais aquilo

Que julguei ter sido engano,

Mas que foi de verdade!

Levantou a poeira,

Desabrigando tudo,

Meus sonhos, meus planos,

Minha ideologia,

Causando o estranhamento

De tudo que é muito novo

E que, sequer, se sustenta

Se sente, se toca,

Falsamente palpável,

Ininteligível!

Passou. Mas,

causou um estrago tão grande,

um estrondo, que qualquer anuncio

de calamidade pública,

se perguntaria por outras catástrofes,

sem precedentes,

sem números na história,

sem solidariedade,

sem dolo,

sem lágrimas!

Para APU.

05.06.2010

Waleska Dacal Reis

Um comentário:

Abel Guimarães disse...

Mesmo depois de uma tormenta ainda se pode ver que se flores e árvores foram arrancadas, suas sementes ainda germinam em segurança como esperança de um futuro possível e talvez diferente.