Passou sim,
Mas deixou vestígios,
A casa impregnada pela ausência,
Cada coisa fora do lugar e mais aquilo
Que julguei ter sido engano,
Mas que foi de verdade!
Levantou a poeira,
Desabrigando tudo,
Meus sonhos, meus planos,
Minha ideologia,
Causando o estranhamento
De tudo que é muito novo
E que, sequer, se sustenta
Se sente, se toca,
Falsamente palpável,
Ininteligível!
Passou. Mas,
causou um estrago tão grande,
um estrondo, que qualquer anuncio
de calamidade pública,
se perguntaria por outras catástrofes,
sem precedentes,
sem números na história,
sem solidariedade,
sem dolo,
sem lágrimas!
Para APU.
05.06.2010
Waleska Dacal Reis
Um comentário:
Mesmo depois de uma tormenta ainda se pode ver que se flores e árvores foram arrancadas, suas sementes ainda germinam em segurança como esperança de um futuro possível e talvez diferente.
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