domingo, 29 de junho de 2008

Torneira

Deixa escapolir qualquer palavra,
do véu transparente do silêncio,
Deixa que o desejo se declare,
cada coisa a seu tempo!
Deixa que o medo atrapalhe,
ensaiando fugas e outras saídas,
Deixa que a vida se revele
e mostre o que é vida!
Deixa qualquer coisa inacabada,
inexplicada e rota,
Deixa escondido a sete chaves,
qualquer desejo atrás da porta,
Deixa como a torneira, que pingando
um dia transborda,
Deixa, ensaiando, improvisando,
finja que não nota!
Deixa qualquer sonho bom
como aquela sujeirinha embaixo do tapete!
Deixa e espera que, com o tempo, tudo se ajeite!


...Só não diga depois, que não entendeu,
que não viveu, e que lamenta,
pois cada um sabe a dor que o governa
e quem não sabe esquecer, AO MENOS TENTA!

Waleska Dacal Reis

"Ah, Dinorah, Dinorah!!!"
(Ivan Lins)

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