Hoje o anjo da morte passou por aqui, demoradamente.
Acordei por volta das cinco da manhã, minha amiga-irmã Lizianne, chorando ao telefone, dizendo que o gatinho dela estava morrendo...
Fui ao encontro dela sonolenta, desnorteada, mas a tempo de dividir essa imensa dor, talvez só entenda essas minhas palavras quem, assim como nós, tenha uma ligação forte com animais e não faça muita distinção entre gente e bicho.
E eu não sei o que foi mais difícil, vê-la chorando?Assistir aquele sofrimento medonho do Garibaldi? Meu Deus, como foi difícil! Vê-lo agonizar por longas e, quase, intermináveis horas, sem poder fazer muita coisa, nem chorar, nem desmoronar, só um silêncio e outro e muita prece!
Quase não consegui pensar!
Sabe aquele momento em que você lembra das palavras de Jesus em oração diante do seu próprio martírio: "Pai, o que tiver de ser feito que seja breve???!!!"
E ficamos eu e ela tentando nos consolar, de fato, fizemos tudo que tínhamos a fazer, bons médicos, rapidez na compra dos medicamentos, na realização dos exames. Toda assistência que estava ao nosso alcance, não desistimos, e não desistiríamos nunca!
Mas hoje, o anjo da morte, depois de um longo período de negociação nossa com ela, foi irredutível, roubou de nós o azul imenso dos olhos no nosso Gari, o meu Bibi, o Senhor Eulino do Rafa, O 'Gabiraldis', como chamava a louca da Marilene e o sem juízo do Pedro, o Gabinha da Mãe da Lizi, deixando todos nós a seu modo e a seu tempo, imensamente tristes, e aumentou, consideravelmente, esse peso que, já faz uns anos, carrego na alma!!!!
Um beijo, Garibaldi, existe um céu lindo só para os gatos, e eu quero ir pra lá quando eu morrer!!
Waleska.
Nenhum comentário:
Postar um comentário