segunda-feira, 12 de maio de 2008

Um pouco de Pessoa...

A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor!Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perene
Sombra errarás absurda,
buscando o que não deste.
In: Fernando Pessoa-Poesia completa de Ricardo Reis

Nenhum comentário: